domingo, 22 de março de 2009

uma breve conversa sobre a ciência

O ser humano sempre necessitou conhecer o mundo ao seu redor, as pessoas e as transformações. A religião, a magia, as crenças populares e a ciência, todos eles tentam achar explicações, tentam conhecer cada vez mais a realidade buscando uma ordem, se não necessitássemos da ordem para viver, nós não a procuraríamos. A ciência, porém desde seus primórdios tentou inventar métodos que impossibilitassem que os desejos, ilusões e preconceitos humanos “corrompessem” um conhecimento objetivo. Em suma, é relativo falarmos hoje o que é ciência, a grosso modo alguns diriam que ela se vislumbra em um método e que busca a verdade, outros a enxergam como unicamente pessoas de branco em laboratórios, há ainda quem diga que nada mais é que o senso comum refinado e disciplinado, enfim, o que encontramos são diversas opiniões sobre o assunto. As pessoas entendem a ciência de diferentes modos, a enxergam de diferentes ângulos e esperam delas coisas muito diversas.
A ciência se difunde em diversas áreas com objetivos específicos, temos as ciências naturais e as exatas, por exemplo, cujo objeto de estudo é distinto, mas seja ele qual for, a ciência sempre se inicia com um problema, curiosidades ou dúvidas e seguem uma ordem metodológica que pode ser testada. O que diferencia o discurso científico de todos os outros discursos é a sua possibilidade de ser verdade, uma verdade testada e comprovada. O que não deve acontecer é colocarmos a ciência como verdade absoluta e incontestável, um dos seus grandes problemas é o de "se bastar", marginalizando os demais conhecimentos que outros seres humanos produzem.
Muitas foram e continuam sendo as tentativas de buscar a natureza da ciência uma espécie de estatuto a - histórico para a sua realização e perpetuação universal, isto não condiz com a realidade visto que a ciência, assim como todas as formas de conhecimento, muda e evolui. Descobertas são feitas a cada dia, e a natureza do conhecimento cientifico, bem como a sua justificativa mudam historicamente, nós só podemos entender ao passo que nos damos conta que cada contexto histórico possui instrumentos, cientistas e práticas diferentes. É necessária a desmistificação da ciência, iniciar uma discussão sobre a mesma pautando-se na idéia de que a ciência é algo imutável ou mesmo sobrenatural é estar fadado a perpetuar a influente ideologia que fala de uma extensão da ciência bem além dos seus verdadeiros limites.
Sendo a ciência é uma especialização, propõe-se a um refinar dos potenciais comuns a todos. É certo que esta trouxe grandes avanços à sociedade humana e à sua relação com o meio em que vive, nos fez caminhar e realizamos descobertas realmente importantes, porém, ao mesmo tempo em que contribui para o “desenvolvimento”, serve como meio de dominação do ser humano pelo ser humano na medida em que esconde as reais contradições, renega a existência de modos de pensar e de se produzir conhecimentos sem a utilização do método cientifico. Nos deparamos atualmente com uma busca desenfreada em se produzir conhecimento científico, universidades, cientistas, todos pesquisam, buscam teorias, soluções, buscam provar fatos. Mas até que ponto todos esses estudos surtem efeito? Quantos deles vão realmente ser levados adiante, ou terão visivelmente algum impacto no mundo e nas pessoas que vivem nele? A ciência, bem como a mídia, a educação (entre outros) seguem uma ordem, cumprem um papel no sistema socioeconômico em que vivemos.
A ciência deve ser uma função da vida, se desenvolvendo em direções de acordo com os interesses e necessidades da população e não de governos, corporações multinacionais ou militares. Há miséria, desigualdade, fome, doenças a nível global. Quais estudos científicos estão sendo feitos em relação aos verdadeiros problemas da humanidade? Para onde estão indo nossas pesquisas e quais são suas finalidades, são perguntas que não devem ser silenciadas. Além disso, outro ponto relevante para que nos questionemos é do limite da ciência, até onde podem ir certas pesquisas? Muitas vezes por um “em nome da ciência” são realizadas experiências ou estudos descomprometidos com a vida sem se pautar na ética. Cabe a cada um de nós um repensar sobre o assunto e que possamos nos perguntar que tipo de ciência queremos e buscamos.


-Texto baseado nos livros:
"Filosofia da ciencia" e "A história da ciencia"
-E nas discurções feitas no Centro Acadêmico Livre de Biologia da UFS

Falando

Se cada um fosse

mais
um
...
Eu enfiaria guela abaixo a hipocrisia de se dizer
ser
humano.
Enfiaria guela abaixo
de uma maneira que lhe tapassem a
res
pi
ra
ção
até morrer.

Mas se cada um soubesse a força que se tem,
e a força da união se mostrasse todos os dias,
Aí eu enfiaria com uma agulha grossa tudo que tivéssemos juntado
nos olhos de quem hoje nos deixa cegos
e nos enche os corações
com a fragilidade de sermos um.
Eu quero é ser um só com o restante do mundo
EU QUERO QUE A DIVERSIDADE NOS DEIXE FORTES.

mEniNa dO beM QueRer

Menina do bem querer
o que te faz ser
aquilo que em sonhos
em eternos sonhos
quero ver?

O que passa pela rua ou de relance
O que pede cedo ou tarde
que levante
e que me cante aquela canção

Menina do bem querer
o que falta pra ver
que não tem nada de errado
que não tem nada demais
me ter?

O que me fez vir contar
o que o ceu e mar já sabem
foi o tocar em frente
que se tem com coragem

Foi o que entendi como sendo amar
com sendo "deixar voar".
Mas a arte de esperar
pode fazer cansar

Mas o céu e o mar mandaram contar
á menina do bem querer
que ela está guardada
que sempre estará

O futuro ninguém pode jurar
Pois o amar
O mais puro amar
não se deve explicar

Menina do bem querer
O que falta ninguém vai dizer
e o que você sente é mistério (ou talvez um bolero)
que não soube te fazer

O que passa pela rua ou de relance
O que pede cedo ou tarde
que levante
e que se encante
com tudo que pode acontecer
se você deixar...