segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Te amo.

E restou tanto carinho...
Digo “restar”, mas preferia usar outro verbo.
O problema é que ando sem paciência até pra ficar pensando, escolhendo palavras. Vendo a melhor forma de dizer/fazer as coisas, sabe?
Você me diria, “Lígia, você está muito velha”, com aquele sorriso no canto da boca, achando graça do meu resmungar da vida.
Mas sabe de uma coisa? Ando velha mesmo... Assim, de espírito. Não de idade.
Ando meio preguiçosa, meio cansada, já não aguento sambar uma noite inteira, acabo me sentando um pouco, pedindo uma água depois de cada conjunto de três cervejas. É, eu sei...
Hoje eu te vi mais cedo. Cê tava toda suada, sorrindo e correndo.
Eu gritei ainda, mas você não me escutou.
Na certa, tinha uma música bem alta grudada no seu ouvido.
Cê passou correndo e eu fiquei parada.
Fiquei sem jeito.
Fiquei de cara.
Como é que pode?
Tanto tempo passa, tanta informação, tanto sentimento, tanta história.
E restou tanto carinho...
Seu abraço vale mais que mil palavras.
Senti vontade de te escrever, Maria.
Senti uma vontade doida, enlouquecedora...
Corri, peguei a caneta,
Falhando.
Procurei um lápis. Achei.
Falei na folha em branco tudo que queria te dizer,
e olhe que não é pouca coisa!
Virei o verso, escrevia desgovernada...
Peguei no sono e acordei com você.
Mensagem!
(Nunca mais...)
Lembrei de seu sonho, lembrei de meu sonho, lembrei do mar, lembrei de você.
Fiquei lembrando...
Fiquei sentindo amor.
Como é que pode?
Tanto tempo passa, tanta novidade, tanto encontro, tanto desencontro.
E restou tanto carinho...
Eu tenho um carinho descomunal.
Gigante,
forte,
sem data de validade,
sem preconceitos,
sem medos.
Eu falei sem medos? Não lembro...
Queria reler sua mensagem, mas na pressa, apaguei sem querer.
Tinha algo como: “eu te amo”.
Cê nunca falou isso pra mim!
Fiquei sentindo o que você sempre me explicava. Do “peso” (ou foi força...)
das palavras.
Que um “eu te amo” não saía fácil de sua boca...
Enfim.
Senti que foi verdadeiro... E que nosso carinho era recíproco.
Ai Maria...
Vem aqui!
Vem com todas as cores do arco-íris,
Principalmente com os verdes....
Vem com o abraço, com o sorriso.
Vem com o corpo também, que a gente se combina!
Não tem quem não diga isso.
Estes corpos juntos, assim, em harmonia, formam uma dupla imbatível.
Formam um estado de espírito.
Ou um mar tranquilo, regado a beijo roubado/sonhado.
Vem Maria!
Não me diz nunca mais um “adeus”...
Não me peça nunca mais um silêncio, sem data de fim.
Me ame, assim. Inteira.
Eu cuido de você!
Eu quero te ver forte, feliz, livre e protegida...
Eu quero cantar pra você dormir e te acordar cedo pra vermos o sol nascer qualquer dia destes...
Quero te acordar com sorrisos.
Quero me dedicar a este amor.
Quero saber cuidar.
Me promete, Maria passarinho!
Me promete que a gente se ama!
Me promete que essa é a coisa mais linda que esse mundo já viu!
Que esta relação se transformou num transbordar de amor tão grande, que o mar ficou com inveja e veio chegar junto...
Passarinho, pouse aqui, cante, faz um dengo...
E voe!
Você voando dá gosto de ver.
Deixa eu te ver?!
Isso...
Cê é linda demais.
E o que restou foi tanto carinho!
Passa tempo... Passa carnaval, passa samba, passa mar, passa rio, passa tudo.
Mas essa porra de carinho não passa!
Só cresce.
Uma mistura de querer bem com querer perto, dá nisso!
Maria!
Seu abraço vale mais que mil palavras e suas palavras são as coisas mais gostosas que tenho nesta vida.
Quero te dar um beijo com todo este sentimento pulsante aqui.
Gritar pros quatro cantos que tem um neogoço aí nesta vida que dá gosto de sentir/viver.
E que eu tô sentindo e vivendo com você.
Te quero...
Bem

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

seu cheiro...

Fui dormir sem tomar banho pra seu cheiro ir comigo pra cama. Pelo menos o cheiro...
Fui e voltei com a mala feita. (intacta)
Farda,
calcinhas,
escova de dentes.
As calcinhas foram escolhidas pra você gostar, me olhei ainda algumas vezes no espelho do retrovisor antes de estacionar o carro na sua porta (atrás de outro, até então desconhecido).
Entrei e vi você (e ele) assim...
Bem assim, como falávamos mais cedo, aliás, neste instante...
Não quero mais.
Pode parecer birra de criança, mas não quero mais.
Não gostei do que senti. Tenho medo destes sentimentos e desta maldita insônia.
Ando sem paciência para amar, para sentir tanta coisa junta.
Fui num clima e como em um choque térmico, acabei gelando por dentro.
(Sorria e acene).
Fugi de sua casa e daqueles sentimentos.
Fugi, mas seu cheiro veio atrás.
Tá aqui, comigo. Tá guardado.
Mas amanhã depois do banho, ele deve sair de mim.