terça-feira, 29 de novembro de 2016

Sobre janela(s) e vento(s) e alergia(s)

Não leve a mal morena, mas alergia dá esses medos mesmo.
A gente basta ver a foto de um gato, que já coça o nariz.
Passa na televisão uma casa empoeirada e dá aquela sensação "pré-espirro", instantaneamente.
Eu não tinha coragem de deixar a janela do carro abaixar durante uma viagem...
Estrada longa-reta-boa-daquelas de correr mesmo, pisar sem dó no acelerador, sabe?
Acontece que hoje eu ousei sentir o vento, e vim te contar que foi bom!
Abaixei o vidro todo e botei 140 por hora, era noite e eu estava só. Era escuro, e eu estava feliz.
O vento veio forte e certeiro em meu rosto, que acovardado, se inclinaria para baixo.
Mas acontece que hoje eu ousei sentir ele. Todo.
Levantei a cabeça, olhei para frente, e ao contrário do que sempre imaginei, respirei normalmente, e eu sorri, também normalmente.
Meu nariz, ao contrário do que inconscientemente já "previa", não entupiu.
Eu sabia que poderia acontecer isso a qualquer momento, mas eu decidi não levantar mais a janela.
Vento frio.
Vento que levava o ruim embora, deixando uma sensação boa de estar viva.
Vento na cara, peito, cabelo e coração.
Vento gostoso.
Vento pra mim.
Eu dividi com ele a noite, e segui.
Tem coisas na vida que clamam coragem, outras atitudes.
O vento me pede parceria. (Dei a mão)

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